sexta-feira, 1 de julho de 2016

SEM SENTIDO

Olhares mirabolantes
aos milhares
elaboram palavras
que falam sem som

Olfatos sensíveis
de fato
aspiram sentido
no fragor do incenso

Incêndios na pele
inflamam
chamando em apelo
fulgor dos que amam

Sabores tão breves
tão graves
abreviam a vida
amamentam nas trevas

Na trave dos ouvidos
agudos
rasgando aos gritos
suplicam sentido