Veja bem:
Sem você não sou ninguém
Tua voz me tira
Da mais profunda catatonia
De densa névoa
E negras águas
Teu corpo revira meu peito
Sacode o leito
Onde ontem eu só dormia
Teus lábios falam minha língua
Lânguidos sussurros
Evocam infância tardia
À tarde
de noite
todo dia
veja bem:
sou você e não sei mais quem
sou a cor de teus olhos,
teus seios,
que cada curva sei decor
e salto ao lado
de teu sono sereno
suspiro afagos de corpo pleno
sem planos nem apego
e eis que me pego a cantar:
sou um ego que é só sossego
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