Caminhava pelas ruas abarrotadas eclodindo informações das quais nada digeria. Da cápsula de seu eu vazio o mundo parecia inerte e inútil. Postes, pregos, pessoas, tudo com o mesmo grau de insignificância: não cogitava avaliar aquilo que ignorava.
Posto que assim insensível ao não-ego, deveria ter se espantado, ou ao menos posto em questão o motivo pelo qual olhou para ela e imediatamente A VIU! Mas não: simplesmente a viu, caminhando em meio à banalidade do ilusório, não bloqueou seus instintos, segurou-a pelo braço, conduzindo-se ambos até a cafeteria mais próxima onde rabiscaram a mesa inteira e de onde decidiram nunca mais sair.
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