segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Conselho

Como se em sua demência
eu pudesse dizer que você
está em decadência
e assim tudo fosse mudar.
Como se isso bastasse
como se você se abastasse
de certeza e de razão
e então abastecesse
teu curriculum vitae
de boas referências

É com urgência que te peço para voltar
Não, não volte para o seu lar:
Volte para a terra
Pois neste mundo
Não é só tua cabeça que está em guerra
Agarre-se na corda que te deixo,
Estirada pelo caminho.
Não olhe para os lados
Pois há espinhos.

Volte para o chão
Cole teus dedos ao solo
Mas use cola fajuta
Para que ainda possas pular
E driblar os alvos
Que cismam em ser teu ar.

Arquejas teu corpo?
Arfas?
Sentes falta da última safra?
Não sofra!
Agarre um os dois garfos,
Devore o que está rente aos teus dentes
Dê mostras de liberdade
Diga o que todos sabem:
Em tua desrazão
Encontro muito mais lucidez
E sanidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário