sábado, 17 de janeiro de 2009

De banheiro

Poesia de banheiro
- do meu banheiro –
é repleta de cheiros:
cheiro de sujeira
e barulho de goteira
água desperdiçada
que não mata a minha sede.

A tinta – já preta – descola da parede.
O pano mofado
fede, esquecido num canto
canto que nada tem de música
canto d’onde brotam musgos
e fungos
moscas
e mofo.

Nada de novo
em meu banheiro:
parece um chiqueiro.
Porém, aqui, meu povo,
onde despeja-se o que já se comeu,
aqui, o único porco sou eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário