Poesia de banheiro
- do meu banheiro –
é repleta de cheiros:
cheiro de sujeira
e barulho de goteira
água desperdiçada
que não mata a minha sede.
A tinta – já preta – descola da parede.
O pano mofado
fede, esquecido num canto
canto que nada tem de música
canto d’onde brotam musgos
e fungos
moscas
e mofo.
Nada de novo
em meu banheiro:
parece um chiqueiro.
Porém, aqui, meu povo,
onde despeja-se o que já se comeu,
aqui, o único porco sou eu.
- do meu banheiro –
é repleta de cheiros:
cheiro de sujeira
e barulho de goteira
água desperdiçada
que não mata a minha sede.
A tinta – já preta – descola da parede.
O pano mofado
fede, esquecido num canto
canto que nada tem de música
canto d’onde brotam musgos
e fungos
moscas
e mofo.
Nada de novo
em meu banheiro:
parece um chiqueiro.
Porém, aqui, meu povo,
onde despeja-se o que já se comeu,
aqui, o único porco sou eu.
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