"Nicetas aprendera há tempo que os latinos, ainda que bárbaros, eram complicadíssimos, nulos em matéria de sutilezas e distinções se vinha à baila uma questão teológica, mas capazes de esmiuçar detalhadamente uma questão de direito. Assim, por todos os séculos em que os romeus de Bizâncio gastaram seu tempo com frutuosos concílios para definir a natureza de Nosso Senhor, mas ser pôr em discussão o poder que vinha diretamente de Constantino, os ocidentais deixaram a teologia aos padres de Roma e usaram o próprio tempo se envenenando, desferindo golpes de acha para definir se havia um imperador, e quem seria ele, e o resultado disso foi que nunca tiveram um imperador verdadeiro."
ECO, Umberto. Baudolino. Rio de Janeiro: BestBolso, 2007.
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